Informatica e Internet
História dos Computadores.
Hoje os computadores processam dados e resolvem problemas milhões de vezes mais depressa do que os sistemas electrónicos dos anos 40 e 50, com uma pequena fracção de custo.
Em seis décadas, a indústria evoluiu desde as máquinas electromecânicas de cartões perfurados e calculadoras de válvulas até aos poderosos computadores electrónicos cujas velocidades se medem em nanosegundos. Este é o resultado de inovações técnicas levadas a cabo por muitas pessoas e organizações dentro da indústria, pela IBM e outros fabricantes de computadores, universidades, clientes e inventores individuais. A IBM tem contribuido com muitas máquinas, dispositivos, "software" e tecnologia de fabricação, que se reflete em mais de 10 000 patentes da companhia e a sua liderança na investigação e desenvolvimento de computadores. As páginas seguintes cobrem as épocas mais importantes na evolução dos circuitos dos computadores e delineam o desenvolvimento paralelo alcançado na programação e no equipamento periférico. Como resultado destas inovações, os computadores estão a ser utilizados cada vez mais em todas as atividades humanas, desde a ciência, os negócios e a saúde, a administração pública, a educação e as artes, em todo o mundo.
Computadores nos anos 40 a 50
Máquinas electromecânicas de perfuração, tabulação e classificação de cartões a alta velocidade eram o fulcro do processamento de dados até ao final da II Guerra Mundial.
As máquinas de cartões perfurados originalmente desenvolvidas por Herman Hollerith para o recenseamento dos Estados Unidos em 1980, foram mais tarde utilizadas pelo governo, caminhos de ferro e companhias de seguros. Máquinas mais rápidas entraram progressivamente em uso no mundo dos negócios, da ciência e no governo. Contudo, mesmo as máquinas de cartões perfurados mais rápidas foram ultrapassadas pelas alterações tecnilógicas, à medida que as válvulas iam substituindo as rodas e alavancas, a mecânica do final dos anos 40.
Os dados são armazenados em cartões através de perfuração feita em colunas no cartão. Os números são representados por furos individuais e as letras do alfabeto por dois furos. A máquina "l^" os furos electricamente à medida que o cartão se move perante os sensores.
Electromagnetos que controlavam as rodas de contagem, juntamente com os interruptores electromagnéticos, efectuavam a função aritmética nas máquinas de cartões perfurados utilizadas até meados de 1960.
Painéis de controlo por fios comandavam a operação do equipamento de cartões perfurados. O operador refazia manualmente as ligações para que a máquina efectuasse os diferentes trabalhos.
A produção de máquinas de cartões perfurados aumentou muito nas décadas de 20 e 30.
Esta separadora de cartões IBM, foi largamente utilizada até aos finais dos anos 40. Muitas instalações de cartões perfurados continuaram a ser utilizadas até serem substituídas, nos anos 60, por máquinas electrónicas.
Os próprios cartões perfurados eram o meio principal para o armazenamento de dados e eram muitas vezes dispostos em "ficheiros arquivo". Estes arquivos eram característicos da época do cartão perdfurado.
Este cilindro de impressão de três polegadas e meia pertence à primeira máquina que produziu comercialmente a alta velocidade cartões perfurados - a impressora Carroll desenvolvida pela IBM em 1924. A impressora rotativa rápida foi a resposta às necessidades da indústria para o fornecimentpo anual de biliões de cartões perfurados.
A primeira máquina que conseguia executar longos cálculos automaticamente, foi a Calculadora Automática de Sequências Controladas (Harvard Mark I). Um projecto concebido pelo Dr. Howard Aiken, da Universidade de Harvard, foi realizado pelos engenheiros da IBM em Endicott, N. Y., onde foi exposto antes de ser enviado para Harvard em 1944. Foi o maior calculador electromecânico da indústria.
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Válvulas
Milhares de vezes mais depressa
1946-1958
O computador nasceu da válvula. Desenvolvida para a indústria radiofónica, a válvula possibilitava às máquinas o efectuar cálculos milhares de vezes mais rapidamente do que os anteriores relés electromecânicos.
Entre as primeiras calculadoras, e os primeiros computadores construídos nos anos de 1946 a 1952, a utilizarem válvulas, havia o ENIAC na Universidade da Pennsylvania, os IBM 603 e 604, o SSEC da IBM, o EDSAC na Universidade de Cambridge, o UNIVAC I de Eckert e Mauchly, o computador do Instituto de Estudos Avançados e o IBM 701. Alguns destes tinham incorporados um novo « programa armazenado », um conceito que aumentou grandemente a sua capacidade para executar trabalhos complexos a uma lata velocidade, e auxiliou na concepção do moderno computador.
Os primeiros computadores foram concebidos para problemas científicos. No entanto, os computadores de válvulas invadiram o mercado comercial nos anos 50 – na produção, processamento de salários, cobranças, controle de inventário e em muitas outras áreas.
Montagem de válvulas do computador IBM 701. As primeiras entregas do 701 em 1952, assinalaram a opção da IBM pelas novas máquinas electrónicas – nessa época um significativo risco técnico e comercial. Um computador essencialmente científico, o 701 tinha memória de válvulas, bandas magnéticas, unidades de tambor magnético e muitos aperfeiçoamentos em circuitos electrónicos. Dezanove unidades 701 foram entregues, na sua maioria para o governo e trabalhos de pesquisa.
O primeiro conjunto substituível da indústria de computadores foi esta montagem de componentes electrónicos na calculadora IBM 604, em 1948. Os técnicos de assistência apenas tinham que introduzir a peça de substituição nos contactos.
A válvula nos primeiros computadores era utilizada principalmente para controlar sinais eléctricos afim de estes executarem operações tais como somas, multiplicações, armazenamento e comparações.
A maior máquina de válvulas foi o SAGE, um computador que fazia parte do sistema de defesa aérea dos Estados Unidos. Em 1950 a IBM construiu vinte e sete, de acordo com um programa dirigido pelo laboratório Lincoln do Instituto de Tecnologia de Massachussetts. O SAGE foi a primeira grande rede de computadores a fornecer interacção homem - máquina em «tempo real» - à medida que os acontecimentos iam ocorrendo.
O primeiro computador que combinava cálculo electrónico com instruções armazenadas foi o Calculador Electrónico IBM de Sequência Selectiva (SSEC), completado em 1948. Possuía mais de 12 000 válvulas e 21 000 «relés» electromecânicos.
O calculador Naval ( NORC), - o computador IBM mais potente que existia quando foi fabricado em 1954 – fazia ao cálculos abaixo indicados em 31 milionésimos de segundo (incluindo a colocação da virgula décimal ).
A linguagem de programação FORTRAN largamente utilizada, foi originalmente desenvolvida pela IBM e posta à disposição dos utentes em 1957.
O FORTRAN permite a engenheiros e cientistas utilizando o computador, enunciarem um problema em símbolos familiares, parecidos com a linguagem matemática.
Computadores nos anos 50 a 60
Nos anos 50 foi necessário encontrar novos métodos para armazenamento de maior número de dados. O armazenamento electrostático utilizado inicialmente, usando tubos de raios catódicos era rápido mas dispendioso e problemático. Os cartões perfurados eram pouco dispendiosos mas vagarosos. A banda magnética podia tornar-se num problema, devido a demoras quando os dados eram gravados em vários pontos espalhados ao logo da banda.
A resposta para uma memória principal de lata velocidade no computador, foi um minúsculo anel magnético( ferrite ), concebido por vários inventores. A resposta para o armazenamento de grandes – volumes foi o disco magnético, que permitia ao utilizador obter directamente qualquer dado em menos de um segundo. Isto era importante para um grande número de utentes que necessitavam de ter acesso rápido aos seus ficheiros.
Neste período de tempo, também se encontraram melhores métodos de programação de computadores e ao mesmo tempo melhorou-se a sua capacidade de comunicação.
O processamento de dados tomou novo rumo em 1957 com a entrada no mercado do IBM 305 RAMAC, o primeiro computador com o sistema de armazenamento por disco. Tais máquinas tornaram-se o meio de armazenamento básico da indústria para o processamento de transacções « on line ». Em menos de um segundo o RAMAC, com o seu braço de acesso aleatório conseguia Ter acesso aos dados armazenados em qualquer dos seus 50 discos em rotação.
Em 1962 a IBM apresentou a primeira unidade de armazenamento equipada com disco amovíveis. Cada «disk pack» do IBM 1311 podia conter para cima de 2 milhões de caracteres de informação. Os utentes podiam facilmente trocar ficheiros para as diferentes finalidades.
Este modelo laboratorial criado pela IBM em 1950 apresentou a « coluna de vácuo» para controlar as bandas magnéticas. A câmara de vácuo em vidro dava possibilidade à fita de se mover e evitava que se partisse ao parar e arrancar bruscamente.Esta técnica seria mais tarde adoptada por toda a indústria.
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Transistores
Mais pequenos, mais rápidos e de maior confiança
1957-1964
O invento do transistor nos laboratórios Bell em 1947 iniciaria, dez anos mais tarde, uma nova "geração" de tecnologia de computadores. Substituindo a válvula, o pequeno transistor reduziu o tempo que era necessário para que um impulso eléctrico fechasse um circuito. Gerava menos calor, era de maior fiabilidade e diminuia os custos de produção.
Foram encontrados meios para incorporar a nova tecnologia do transistor nos computadores e automatizar o fabrico e o ensaio dos milhões de transistores que foram produzidos. Ao mesmo tempo, as empresas fabricantes de computadores incrementaram o desenvolvimento de novos sistemas - tanto no equipamento de cálculo como nos suportes à programação - a fim de ir ao encontro das necessidades dos vários utentes, tanto grandes como pequenos, nos diferentes ramos de actividade.
Com apenas 1/200 do tamanho de uma das primeiras válvulas e consumindo menos de 1/100 da energia , o transistor viu o seu uso generalizado nos computadores por volta de 1960. A função básica do transistor num computador é o de um interruptor electrónico para executar operações lógicas.
Em 1959, e pela primeira vez, o IBM 1401, já transistorizado, possibilitou às pequenas empresas o uso do computador. Muito mais potente do que as válvulas de tamanho semelhante, o 1401, cujo custo era moderado, foi utilizado por bancos, cadeias de lojas, fábricas e outras empresas. Foram entregues num período de seis anos para cima de 10 000 unidades.
A grande velocidade do IBM 7080 era um exemplo daquilo que o transistor significava para a computação. Os mesmos programas utilizados para pagamentos de salários, facturação e inventários são executados pelo 7080 a uma velocidade seis a dez vezes superior à do computador anterior, o IBM 705.
A impressora de «cadeia» para computadores, foi apresentada com o computador IBM 1401 em 1959. A nova máquina, melhorando, tanto a sua velocidade com a sua eficiência , imprimia 600 linhas por minuto, a partir de uma cadeia de caracteres, movendo-se a 90 polegadas por segundo. Esta técnica foi mais tarde largamente utilizada pela indústria.
O «Tractor», um sistema de armazenamento de dados em banda magnética, foi desenvolvido pela IBM, para uma Agência Federal dos Estados Unidos, e concebido para ser ligado a um computador « Stretch» da IBM. O «Tractor» podia armazenar o equivalente a 88 biliões de caracteres em 160 cassetes. As suas velocidades de leitura/escrita de 1.1 milhões de caracteres por segundo tornaram-no a mais rápida máquina que utilizava bandas magnéticas nos anos 60.
Os programadores IBM foram os primeiros a criar para fornecimento aos utentes, programas previamente elaborados. Este «software», incluía instruções para separar e intercalar dados, o controlo das operações de entrada e saída de dados e a facilidade de criação de listagens. Os utentes do computador IBM 090 tinham acesso, por exemplo, a mais de 1 milhão de instruções previamente elaborados para esta máquina.
Cópia do pedido de patente de 1115 páginas, apresentado pela IBM em 1954, respeitante à sua invenção do "canal" de computador. Funcionando segundo o seu próprio programa, o canal sincronizava o fluxo de dados que entravam ou saíam do computador à medida que os cálculos se processavam, substituindo assim nesta operação o processador central. O canal foi, mais tarde, largamente utilizado pela indústria.
As ferrites magnéticas foram o resultado do trabalho de dois inventores, A. Wang e F. W. Viche, que nos anos 40, e separadamente, iniciaram experiências com anéis para memórias de computadores. Trabalhos de aperfeiçoamento foram mais tarde levados a cabo por outros, nomeadamente o Instituto de Tecnologia de Massachussetts, a RCA e a IBM. Nos anos 50 e 60, os anéis foram miniaturizados progressivamente a fim de se produzirem memórias mais rápidas.
A IBM adaptou, nos anos 50 e 60 máquinas de fabricação de comprimidos a fim de fabricar dezenas de milhões de anéis. Ao lado vê-se uma máquina da Colton Manufacturing Co., readaptada pela IBM para comprimir pó de ferrite e produzir 32 000 anéis por hora. Entre muitas outras técnicas automatizadas, a IBM concebeu um alimentador de fios para enfiar, numa só operação, milhares de anéis.
As ferrites magnéticas constituiram a tecnologia básica para a memória central dos computadores, desde os anos 50 até ao início dos anos 70. Os minúsculos anéis de óxido de ferro podiam ser magnetizados no sentido dos ponteiros de um relógio, ou no sentido inverso, a fim de representar parcelas de informação. Os dados podiam ser lidos num milionésimo de segundo.
Em 1952 o sistema IBM 701 foi um dos primeiros a utilizar bandas magnéticas para leitura, gravação e armazenamento de dados. Sendo gravada a 1000 caracteres por polegada, esta bobine, de 8 polegadas de diâmetro, era equivalente a 12 500 cartões perfurados. As unidades de bandas do 701 continham uma nova coluna de vácuo e sistema de embraiagem magnética e foram dos primeiros a utilizar plástico em vez de metal.
Criada na Universidade de Harvard e posteriormente desenvolvida pela IBM, no pricípio dos anos 60, a linguagem APL é uma linguagem de programação muitíssimo concisa, na qual um problema pode ser resolvido com relativamente poucas instruções.
Computadores nos anos 60 a 70
O sistema IBM/360 foi apresentado em 1964. Incorporando a nova tecnologia « SLT », o sistema /360 substituiu as linhas de computadores. Foi a primeira «família» de computadores – dos mais pequenos aos maiores – compatíveis entre si, e utilizando as mesmas instruções de programação. Na maior parte dos casos, as unidades de entrada e saída de dados, suporte magnético e outros equipamentos podiam ser utilizados indiferentemente em qualquer dos processadores centrais. Durante os anos 60, o poder de armazenamento dos computadores aumentou em capacidade e velocidade. As atenções incidiram principalmente sobre os sistemas de « software», concebidos para tornar a utilização do computador mais eficiente e produtiva.
A tecnologia SLT, apresentada pela IBM no Sistema/360, foi a primeira produção em microminiatura automática, de grande volume, de circuitos com semi- condutores. Montados em módulos de cerâmica de ½ polegada quadrada, os circuitos SLT eram mas compactos, mais rápidos e necessitavam de menos energia do que a geração anterior de transistores.
A SLT era rápida e eficiente e, devido à automatização das ferramentas básicas IBM, podia ser fabricada em massa nas quantidades requeridas pelo Sistema/360. Estatisticamente, o tempo médio de funcionamento de um módulo SLT, antes de apresentar qualquer deficiência, era de mais de 33 milhões de horas.
No primeiro plano destes modelos à escala, encontram-se processadores centrais dos cinco primeiros computadores apresentados como fazendo parte do Sistema/360 IBM em 1964. Em segundo plano, podem-se observar várias unidades de entrada e saída de dados e de suporte magnético, existentes na altura do seu lançamento. Essas unidades podiam ser ligadas indiferentemente entre os vários processadores. As instruções de programação elaboradas para um computador do Sistema/360 serviam para qualquer um outros da mesma família.
A primeira linha totalmente automatizada para a produção de transístores, foi concebida por engenheiros da IBM em Poughkeepsie N.Y, e posta a funcionar em 1960. Nela eram fabricados e ensaiados para cima de 1 800 transístores por hora.
Para formar circuitos, os transístores eram ligados com condensadores, resistências e outros elementos eléctricos nas placas de circuitos. No reverso imprimiam-se os circuitos eléctricos para melhorar a eficiência e a velocidade de fabricação. As placas de circuito eram depois encaixadas nas fichas e estas interligadas por meio de fios para formar os elementos lógicos e de controlo dos processadores.
A consola de manutenção do «Stretch» da IBM, o computador mais potente da indústria, quando foi lançado no mercado em 1961. O «Stretch» continha 150 000 transístores e estava apto a executar 100 biliões de cálculos por dia. O «Stretch» foi o pioneiro em vários conceitos de sistemas avançados, conhecidos em terminologia da indústria, como «look-ahead», «overlapping» de instruções, verificação e correcção de erros de operação de controlo de programas e bytes de 8 bits.
No inicio dos anos 60, por meio de técnicas de simulação, a viagem do foguetão Saturno à Lua, foi «voada» milhares de vezes no computador IBM 7090, antes daquela se tornar num voo real. O 7090 totalmente transistorizado executava 229 000 operações por segundo.
O sistema de reservas SABRE, para passageiros das linhas aéreas, foi a primeira rede comercial computador/comunicações de alta velocidade, que operou em «tempo real» - executando as transações à medida que estas ocorriam. Foi produzido pela IBM para a Companhia American Airlines, após seis anos de pesquisas conjuntas e entrou em funcionamento em 1962.
Computadores nos anos 70
No princípio dos anos 70 foi introduzido o uso intensivo da tecnologia de circuitos integrados monolíticos. Essa tecnologia condensa muitos circuitos em pequeníssimos « chips» de silício. O primeiro computador com uma memória central inteiramente constituida por tecnologia monolítica, foi o Sistema/370, Modelo 145 da IBM, apresentado em 1971.
A utilização duma tecnologia com grande integração e densidade de memória e de lógica, melhorou consideravelmente a sua velocidade, capacidade e eficiência. Em 1970 também foram introduzidos conceitos e dispositivos que aumentaram consideravelmente a quantidade de dados possíveis de armazenamento, e facilitaram também a sua utilização. Os utilizadores com tarefas complexas, podiam agora trabalhar com milhões ou biliões de caracteres de informação. A programação tornou-se mais adequada às necessidades do utente, em todas as áreas.
Deste Disco de 3 ¼ polegadas, saíram 109 «chips» de memória de silício, tendo cada um a capacidade de armazenar 64 000 bits de informação. Em 1978, a IBM foi a primeira a produzir em massa estes «chips», para utilização em linhas de produção de computadores.
O primeiro disco magnético flexível, ou «diskette», da indústria, foi apresentado pela IBM em 1971. Estes discos flexíveis (floppy disks ) melhoravam consideravelmente o manuseamento dos dados. Hoje em dia são largamente utilizados em pequenos sistemas como meio de armazenamento básico.
A impressora laser- electrofotográfica IBM 3800, tem uma velocidade de 20 000 linhas por minuto. As pistas do feixe laser são alteradas milhões de vezes por segundo e são reflectidas dum espelho com 18 faces que roda a uma velocidade de 12 00 rotações por minuto.
A invenção pela IBM, em 1967, da célula de memória dinâmica – utilizando apenas um transistor por bit de informação – permitiu importantes aumento na densidade da memória do computador. Esta tecnologia foi mais tarde adoptada pela indústria .
Por intermédio de simulações de funções complexas, em computador, um sistema de «design» da IBM, utilizando vídeos, acelerou o desenvolvimento de circuitos para mais de 100 novos produtos IBM.
Em 1964 foi apresentada com o Sistema/360, uma máquina que fornecia informações sob a forma de gráficos, cartas e desenhos dinâmicos. Originalmente um instrumento de «design», o IBM 2250 deu a possibilidade aos investigadores de aperfeiçoarem os seus trabalhos no écran, por intermédio do teclado e do lápis luminoso. Entre muitas outras aplicações, o 2250 elaborou mapas relativos à poluição atmosférica nas grandes cidades, como parte dos estudos efectuados com vista ao controlo do «smog» ( nevoeiros e fumos).
A determinação dos pontos onde as centenas de milhares de ligações eléctricas deviam ser feitas, foi uma das maneiras de utilizar os computadores IBM já existentes, para automatizar o «design» e fabricação do Sistema/360. Também se aperfeiçoaram dezenas de outras técnicas novas de desenvolvimento e fabicação.
Esta é a placa de componentes da memória primária ou «buffer» de alta velocidade introduzida no computador Sistema/360 Modelo 85 da IBM, em 1968. Esta tornava os dados prioritários acessíveis ao processamento em 80 bilionésimos dum segundo – aproximadamente 12 vezes mais rápida do que a memória central de anéis magnéticos.
Centenas de programadores da IBM escreveram para cima de 3 milhões de instruções para produzir o sistema operativo/360.O Sistema operativo/360 era um conjunto de programas que permitiam ao computador processar um fluxo contínuo de diferentes tarefas, sem interrupção. Controlava automaticamente as unidades de cálculo, tradução de linguagem de programação, unidades de suporte magnético, programas de controle e o fluxo de dados, a fim de proporcionar um maior escoamento e rentabilização – ou trabalho produtivo – para os utentes do Sistema/360.
Computadores nos anos 80
O alto índice de progressos tecnológicos na indústria, irá certamente manter-se durante os anos 80, aumentando a produtividade dos utilizadores do computador. Memórias de silício e circuitos lógicos estão a ser cada vez mais miniaturizados em todos os tipos de computadores, para microprocessadores. Uma maior densidade de gravação em discos e bandas magnéticas está a aumentar a capacidade de armazenamento e a velocidade de leitura e escrita. Novas tecnologias de comunicação, impressão e vídeos, estão a alargar a área de utilização do computador. Os melhoramentos significativos alcançados na programação, estão a facilitar a utilização do computador e a torná-lo mais adaptável a necessidades específicas.
Todo o poder de informação e processamento de dados que tinham os computadores electrónicos dos anos 60 cabe hoje na palma de uma mão. O módulo lógico utilizado em grandes sistemas IBM, faz parte dos circuitos mais densos da indústria. Cerca de 133 «chips» electrónicos, montados em cada módulo contêm um total de 45 000 circuitos lógicos, além de outros circuitos.
Aumentada várias centenas de vezes, esta espiral de cobre faz parte do «thin film», delgada cabeça gravadora, utilizada em vários discos da IBM. A unidade de discos IBM 3380 que utiliza a tecnologia para ler e escrever dados à velocidade de 3 milhões de caracteres por segundo é a primeira unidade comercial a conseguir tal velocidade ( refracções de luz de camadas separadas por espaços minúsculos produzem padrões de cores iridescentes).
Este plano de 24x28 polegadas, faz parte do mais denso circuito condensado de computador, conseguido até hoje. Utilizado em grandes computadores IBM, é uma das 20 camadas existentes numa placa de circuito impresso com a espessura de 1/5 de polegada e que incorpora mais de quilómetro e meio de interligações de fios.
O Sistema/370 Modelo 145 da IBM, apresentado em 1971, utilizava a primeira memória central de computador feita inteiramente de tecnologia de circuito integrado monolítico. O Modelo 145 continha inicialmente até 131 placas de circuito, montadas na porta que está aberta. Esta quantidade de placas continha para cima de 262 000 caracteres de informação, que poderiam ser lidos em 200 bilionésimos de segundo cada um.
Em 1973, a unidade de disco IBM 3340 apresentou à indústria uma avançada tecnologia de discos conhecida como «Winchester», nome do projecto interno da IBM. O 3340 continha uma cabeça de leitura/escrita mais pequena e mais leve e um desenho de cabeça do tipo «ski», que lhe possibilitava um percurso mais próximo da superfície do disco – sobre uma fina camada de ar com a espessura de 18 milionésimos de polegada. O 3340 duplicou o volume de informação dos discos IBM – para 1.7 milhões de bits por polegada quadrada.
O «scanner» é aplicado aos terminais de caixa de supermercados fabricados pela IBM e incorpora um disco rotativo de 21 camadas holográficas, que funcionam como prismas de vidro e como lentes. Um raio laser passando através do disco, cria um complexo padrão de luzes que existem hoje em muitas embalagens e que são lidas pelo «scanner». A luz reflectida das listas é convertida em sinais eléctricos para processamento por computador.
O Sistema/370 da IBM, do princípio dos anos 70, conseguia ler ou escrever em bandas magnéticas, a uma velocidade de 1 250 000 caracteres por segundo. O conteúdo de um dicionário de 1 500 páginas podia ser lido de uma banda magnética em 13 segundos. Esta velocidade resultava da alta rotação da bobine e da grande densidade de dados gravados na fita.
Um alto nível de segurança para a protecção dos dados do computador, transmitidos através de linhas de comunicação, é oferecido por um algorítmo criptográfico que torna o fluxo de caracteres ininteligíveis. Incorporado na unidade IBM 3845, o algoritmo consegue receber mais de 70 000 triliões de códigos possíveis, o que torna extremamente difícil uma pesquisa não autorizada. Já foi adoptado como padrão nacional pelo Governo Americano e pelo Instituto Nacional Americano de Standardização.
No início dos anos 70, já tinham sido elaborados por programadores da IBM, para cima de 6 milhões de instruções, a fim de auxiliar os utentes dos nossos maiores computadores na utilização mais económica e produtiva dos sistemas. Nos primeiros computadores os utilizadores tinham de redigir as suas próprias instruções.
A estrutura das células em forma de favo, do sistema de armazenamento em massa, do IBM 3850 apresentado em 1976, armazena pequenas cassetes contendo bobines de fita magnética. Cada bobine pode armazenar 50 milhões de caracteres de dados. Para cima de 472 biliões de caracteres podem ser arquivados economicamente num sistema 3850 para utilização «on-line» no computador.
O conceito de bases de dados relacionais, para guardar, modificar e pesquisar dados de computador, teve origem na IBM e foi implementado e testado pelos nossos investigadores desde 1970. Os dados no computador são arrumados em tabelas de fácil interpretação. Com este método, reduz-se a necessidade de os utentes terem experiência de computadores , pois devem apenas especificar o que pretendem , sem terem de dar instruções ao sistema, de como fazê-lo.
Os programadores da IBM elaboraram mais de 20 milhões de instruções para computador, para apoio directo aos programas espaciais da NASA. O departamento respectivo da IBM, auxiliou no fornecimento de equipamento e «software» para todas as missões tripuladas espaciais aos Estados Unidos, incluindo as missões Mercury, Gemini, Apollo, Skylab e os voos do Vai-Vem Espacial.
O chip lógico para computador de alta velocidade e com maior densidade registada na indústria até finais de 1983, está incorporado no processador do sistema 8150. Este chip de ¼ de polegada quadrada, concebido pela IBM, contém até 4 400 circuitos lógicos bipolares
Os programadores da IBM elaboraram mais de 1 milhão de instruções de computador para os sistemas Sonar para submarinos, além de construirem e aperfeiçoarem esses sistemas. A IBM também integrou o sistema de comando e controlo nos submarinos da classe Trident da Marinha envolvendo 170 peças principais de equipamento.
Uma máquina de feixes de electrões concebido pela IBM pode interligar circuitos em 2 000 chips de alta densidade, para computador, em cada hora. Este é o nível de fabricação mais rápido utilizando o sistema litográfico de feixe de electrões. Um feixe mais fino do que 1/10 000 de polegada, consegue traçar padrões complexos de circuitos, sob controlo de computador.
A técnica de vídeo de painel de gaz apresentada pela IBM em 1983, produz imagens sem cintilações a partir duma grelha de fios com ¾ de milhão de intersecções. Gaz ionizado de neon/argon brilha em pontos de intersecção seleccionados ( foto da direita ) para produzir caracteres e desenhos de alta resolução. As técnicas desenvolvidas pela IBM, para a fabricação com alta precisão da grelha de fios produzem uma grande qualidade de imagem.
Um sistema robótico programável, de alta precisão, o IBM 7565, utiliza a linguagem robótica, comercialmente mais avançada. O sistema aperfeiçoado pela IBM tem utilizações várias na indústria ligeira e em operações de montagem, em que a velocidade e a precisão, são de importância primordial.
Mais de 50 sistemas controlados por computadores, concebidos pela IBM, testam a qualidade de milhares de diferentes partes de circuitos nas linhas de produção IBM. Em menos de 1 minuto, este dispositivo podia testar uma placa de silício contendo mais de 100 complexos chips de memória ou de lógica que por sua vez contêm milhares de transistores.
Representação do esquema geral do « Systema Network Architecture » (SNA) da IBM - uma estrutura organizada para operar muitos tipos de redes de comunicações. Desde meados dos anos 70, os programadores da IBM gastaram um total de vários milhares de anos de trabalho a aperfeiçoar o «software», a fim de libertar os utentes das dificuldades de comunicarem através de redes de computadores locais, nacionais ou internacionais.
Este chip de memória de computador de 3/8 de polegada, produzido pela IBM, pode armazenar 288 000 bits de dados – a mais elevada capacidade de informação, obtida numa linha de produção de circuitos até aos finais de 1983. ( As suas características tridimensionais são visíveis através de raios de luz de cores diferentes, incidindo sobre a superficie , a um ângulo baixo ).
O sistema de produção de circuitos de computador concebido pela IBM, move as placas de silício automaticamente, sob o controlo de um computador. As placas circulares e chatas de 3 1/4 polegadas, de chips de alta densidade, (em primeiro plano) são movidas por intermédio de jactos de ar vindos de baixo, quando detectadas por sensores ópticos, nos tubos de vidro curvos.
Os grandes computadores como o IBM 3081 e os sistemas 3083 e 3084, têm os conjuntos de circuitos lógicos mais densos até então fabricados. O "Extended Architecture" e outros programas de controlo da IBM, permitem aos utentes ligar milhares de terminais, impressoras, unidades de disco e bandas magnéticas - em sistemas concebidos de diferentes maneiras conforme as necessidades específicas. O IBM 3084, o sistema polivalente mais avançado da indústria dos finais de 1983, liga quatro potentes computadores em processamento paralelo.
O conjunto das ligações de uma das camadas das de cerâmica, do módulo lógico de 2 polegadas quadradas utilizado no processador IBM 4341. Constituído por 10 metros de fios e mais de 6 300 circuitos lógicos, economizou em espaço e baixou o preço de cada pequeno módulo.
Os chips de alta densidade do computador de dimensão média IBM 4381, estão montados em quadrados de cerâmica de 2,5 polegadas ( esquerda ), e são arrefecidos por intermédio de um dissipador de calor ( direita ) que dirige ar à temperatura ambiente para o centro de cada chip. Até 22 destes módulos, cada um com 36 chips de memória e lógica, são ligados a um painél único para formar o processador central da IBM 4381.
Uma grande ampliação da superfície de um disco magnético do IBM 3380 mostra os bits gravados ao longo de 5 das 1,774 pistas concêntricas do disco. Uma polegada quadradada superfície do dsico contêm cerca de 12 milhões de dados.
A arquitectura de Máquina Virtual é uma forma de concepção de sistemas e programação, que dá possibilidade a múltiplos utentes, de compartilharem um computador duma maneira altamente flexível – praticamente como se cada um estivesse a utilizar uma versão separada do mesmo computador. Aperfeiçoada pela IBM e por outras entidades nos anos 60, a Máquina Virtual estava disponível no Sistema/370 em 1972 e é hoje em dia utilizada, já aperfeiçoada, nos grandes sistemas da IBM. Um programa de controle distribui automaticamente o tempo de processamento do computador em fracções de segundo para cada utente. O programa também distribui o trabalho do utente entre as unidades existentes, reduzindo assim os requisitos de equipamento.
O Computador Pessoal
Os computadores pessoais com a potência de processamento dos computadores de dimensão média dos anos 60, estão a tornar-se muito populares no dia- a- dia, nas escolas e nas áreas da ciência e da indústria. Estes sistemas de baixo custo estão a incorporar tecnologias avançadas, aperfeiçoadas pela indústria ao longo de décadas. A sua influência na maioria das áreas a que se destinam, é profunda. Além de fornecer milhões de máquinas por ano, para utilização pessoal e comercial, a indústria está a desenvolver redes de computadores pessoais que prometem grandes benefícios na resolução de problemas e na melhoria da produtividade. Estes terminais inteligentes podem ser operados como computadores independentes ( stand-alone ) ou podem também comunicar com outros com que estejam interligados. Também têm acesso, através de redes de comunicações, a processadores de maior dimensão e às bases de dados dessas redes.
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BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA
Ano após ano, a procura de novas tecnologias de computadores continua a aumentar. Porquê ? A resposta reside na necessidade que o mundo sente de uma maior produtividade. Torna-se necessário poder dispor de serviços mais completos e adequados. Os fabricantes procuram reduzir custos, aumentar a qualidade e ao mesmo tempo satisfazer programas e prazos. Os hospitais tentam melhorar os serviços de saúde. Os governos, a todos os níveis, procuram maneiras de responder às múltiplas necessidades, mantendo-se dentro dos orçamentos limitados Os agricultores procuram obter colheitas melhores e gado mais saudável, utilizando as rações e o equipamento da melhor maneira. Enfim, as pessoas procuram métodos para gerir as suas finanças pessoais, melhorar a educação familiar e tornar o equipamento do lar mais eficiente.
O computador pode ser uma importante parte da resposta a estes requisitos. Ele é altamente adaptável às necessidades dos utilizadores. Pode ser adquirido em modelos de baixo custo, e fáceis de montar e operar , em sistemas de escritório com muitos dispositivos que simplificam e aceleram o trabalho burocrático, ou em modelos potentes para tarefas complexas, e em sistemas de comunicações que dão a possibilidade a unidades afastadas de funcionar como partes de um todo. E os seus custos baixam continuamente.
Como resultado, os computadores estão a aparecer em todo o lado – nos armazéns, nos serviços de saúde, nos balcões das lojas, nas salas de aulas, nas mesas das secretárias, nas casas particulares, nas agências bancárias e em tantos outros locais. Não existe limite previsível para as possibilidades do computador no apoio a mais pessoas onde quer que vivam, através do mundo.
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Informações tirada do site: https://www.prof2000.pt/users/harry/Index2.htm
Antes do computador
Ábaco
O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os elementos de contagem (fichas, bolas, contas,...) que podem fazer-se deslizar livremente. Teve origem provavelmente na Mesopotâmia, há mais de 5.500 anos. O ábaco pode ser considerado como uma extensão do acto natural de se contar nos dedos. Emprega um processo de cálculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar às crianças as operações de somar e subtrair.
História dos computadores
As primeiras máquinas de computar
John Napier (1550-1617), escocês inventor dos logaritmos, também inventou os ossos de Napier, que eram tabelas de multiplicação gravadas em bastão, o que evitava a memorização da tabuada.
A primeira máquina de verdade foi construída por Wilhelm Schickard (1592-1635), sendo capaz de somar, subtrair, multiplicar e dividir. Essa máquina foi perdida durante a guerra dos trinta anos, sendo que recentemente foi encontrada alguma documentação sobre ela. Durante muitos anos nada se soube sobre essa máquina, por isso, atribuía-se a Blaise Pascal (1623-1662) a construção da primeira máquina calculadora, que fazia apenas somas e subtrações.
A máquina Pascal foi criada com objetivo de ajudar seu pai a computar os impostos em Rouen, França. O projeto de Pascal foi bastante aprimorado pelo matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1726), que também inventou o cálculo, o qual sonhou que, um dia no futuro, todo o raciocínio pudesse ser substituído pelo girar de uma simples alavanca.
Todas essas máquinas, porém, estavam longe de ser um computador de uso geral, pois não eram programáveis. Isto quer dizer que a entrada era feita apenas de números, mas não de instruções a respeito do que fazer com os números.
Babbage
A origem da idéia de programar uma máquina vem da necessidade de que as máquinas de tecer produzissem padrões de cores diferentes. Assim, no século XVIII foi criada uma forma de representar os padrões em cartões de papel perfurado, que eram tratados manualmente. Em 1801, Joseph Marie Jacquard (1752-1834) inventa um tear mecânico, com uma leitora automática de cartões.
A ideia de Jacquard atravessou o Canal da Mancha, onde inspirou Charles Babbage (1792-1871), um professor de matemática de Cambridge, a desenvolver uma máquina de “tecer números”, uma máquina de calcular onde a forma de calcular pudesse ser controlada por cartões.
Tudo começou com a tentativa de desenvolver uma máquina capaz de calcular polinômios por meio de diferenças, o calculador diferencial. Enquanto projetava seu calculador diferencial, a idéia de Jacquard fez com que Babbage imaginasse uma nova e mais complexa máquina, o calculador analítico, extremamente semelhante ao computador atual.
Sua parte principal seria um conjunto de rodas dentadas, o moinho, formando uma máquina de somar com precisão de cinquenta dígitos. As instruções seriam lidas de cartões perfurados. Os cartões seriam lidos em um dispositivo de entrada e armazenados, para futuras referências, em um banco de mil registradores. Cada um dos registradores seria capaz de armazenar um número de cinquenta dígitos, que poderiam ser colocados lá por meio de cartões a partir do resultado de um dos cálculos do moinho.
Além disso tudo, Babbage imaginou a primeira máquina de impressão, que imprimiria os resultados dos cálculos, contidos nos registradores. Babbage conseguiu, durante algum tempo, fundos para sua pesquisa, porém não conseguiu completar sua máquina no tempo prometido e não recebeu mais dinheiro. Hoje, partes de sua máquina podem ser vistas no Museu Britânico, que também construiu uma versão completa, utilizando as técnicas disponíveis na época.
Junto com Babbage, trabalhou a jovem Ada Augusta, filha do poeta Lord Byron, conhecida como Lady Lovelace e Ada Lovelace. Ada foi a primeira programadora da história, projetando e explicando, a pedido de Babbage, programas para a máquina inexistente. Ada inventou os conceitos de subrotina, uma seqüência de instruções que pode ser usada várias vezes, loop, uma instrução que permite a repetição de uma seqüência de cartões, e do salto condicional, que permite saltar algum cartão caso uma condição seja satisfeita.
Ada Lovelace e Charles Babbage estavam avançados demais para o seu tempo, tanto que até a década de 1940, nada se inventou parecido com seu computador analítico. Até essa época foram construídas muitas máquinas mecânicas de somar destinadas a controlar negócios (principalmente caixas registradoras) e algumas máquinas inspiradas na calculadora diferencial de Babbage, para realizar cálculos de engenharia (que não alcançaram grande sucesso).
A máquina de tabular
O próximo avanço dos computadores foi feito pelo americano Herman Hollerith (1860-1929), que inventou uma máquina capaz de processar dados baseada na separação de cartões perfurados (pelos seus furos). A máquina de Hollerith foi utilizada para auxiliar no censo de 1890, reduzindo o tempo de processamento de dados de sete anos, do censo anterior, para apenas dois anos e meio. Ela foi também pioneira ao utilizar a eletricidade na separação, contagem e tabulação dos cartões.
A empresa fundada por Hollerith é hoje conhecida como International Business Machines, ou IBM.
Os primeiros computadores de uso geral
O primeiro computador eletro-mecânico foi construído por Konrad Zuse (1910–1995). Em 1936, esse engenheiro alemão construiu, a partir de relês que executavam os cálculos e dados lidos em fitas perfuradas, o Z1. Zuse tentou vender o computador ao governo alemão, que desprezou a oferta, já que não poderia auxiliar no esforço de guerra. Os projetos de Zuse ficariam parados durante a guerra, dando a chance aos americanos de desenvolver seus computadores.
Foi na Segunda Guerra Mundial que realmente nasceram os computadores atuais. A Marinha americana, em conjunto com a Universidade de Harvard, desenvolveu o computador Harvard Mark I, projetado pelo professor Howard Aiken, com base no calculador analítico de Babbage. O Mark I ocupava 120m³ aproximadamente, conseguindo multiplicar dois números de dez dígitos em três segundos.
Simultaneamente, e em segredo, o Exército Americano desenvolvia um projeto semelhante, chefiado pelos engenheiros J. Presper Eckert e John Mauchy, cujo resultado foi o primeiro computador a válvulas, o Eletronic Numeric Integrator And Calculator (ENIAC)[2], capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo. Tendo sido projetado para calcular trajetórias balísticas, o ENIAC foi mantido em segredo pelo governo americano até o final da guerra, quando foi anunciado ao mundo.
No ENIAC, o programa era feito rearranjando a fiação em um painel. Nesse ponto John von Neumann propôs a idéia que transformou os calculadores eletrônicos em “cérebros eletrônicos”: modelar a arquitetura do computador segundo o sistema nervoso central. Para isso, eles teriam que ter três características:
- Codificar as instruções de uma forma possível de ser armazenada na memória do computador. Von Neumann sugeriu que fossem usados uns e zeros.
- Armazenar as instruções na memória, bem como toda e qualquer informação necessária a execução da tarefa, e
- Quando processar o programa, buscar as instruções diretamente na memória, ao invés de lerem um novo cartão perfurado a cada passo.
Este é o conceito de programa armazenado, cujas principais vantagens são: rapidez, versatilidade e automodificação. Assim, o computador programável que conhecemos hoje, onde o programa e os dados estão armazenados na memória ficou conhecido como Arquitetura de von Neumann.
Para divulgar essa idéia, von Neumann publicou sozinho um artigo. Eckert e Mauchy não ficaram muito contentes com isso, pois teriam discutido muitas vezes com ele. O projeto ENIAC acabou se dissolvendo em uma chuva de processos, mas já estava criado o computador moderno.
Virus de computador
Vírus de computador
Em informática, um vírus de computador é um programa malicioso desenvolvido por programadores que, tal como um vírus biológico, infecta o sistema, faz cópias de si mesmo e tenta se espalhar para outros computadores, utilizando-se de diversos meios.
A maioria das contaminações ocorre pela ação do usuário executando o arquivo infectado recebido como um anexo de um e-mail. A contaminação também pode ocorrer por meio de arquivos infectados em pen drives ou CDs. A segunda causa de contaminação é por Sistema Operacional desatualizado, sem correções de segurança, que poderiam corrigir vulnerabilidades conhecidas dos sistemas operacionais ou aplicativos, que poderiam causar o recebimento e execução do vírus inadvertidamente. Ainda existem alguns tipos de vírus que permanecem ocultos em determinadas horas, entrando em execução em horas especificas
Tipos de virus
Vírus de Boot
Um dos primeiros tipos de vírus conhecido, o vírus de boot infecta a partição de inicialização do sistema operacional. Assim, ele é ativado quando o computador é ligado e o sistema operacional é carregado.
Time Bomb
Os vírus do tipo "bomba-relógio" são programados para se ativarem em determinados momentos, definidos pelo seu criador. Uma vez infectando um determinado sistema, o vírus somente se tornará ativo e causará algum tipo de dano no dia ou momento previamente definido. Alguns vírus se tornaram famosos, como o "Sexta-Feira 13", "Michelangelo", "Eros" e o "1º de Abril (Conficker)".
Minhocas, worm ou vermes
Como o interesse de fazer um vírus é ele se espalhar da forma mais abrangente possível, os seus criadores por vezes, deixaram de lado o desejo de danificar o sistema dos usuários infectados e passaram a programar seus vírus de forma que apenas se repliquem, sem o objetivo de causar graves danos ao sistema. Desta forma, os seus autores visam tornar suas criações mais conhecidas na Internet. Este tipo de vírus passou a ser chamada de verme ou worm. Eles estão mais aperfeiçoados, já há uma versão que ao atacar a máquina hospedeira, não só se replica, mas também se propaga pela internet,pelos e-mail que estão registrados no cliente de e-mail, infectando as máquinas que abrirem aquele e-mail, reiniciando o ciclo.
Trojans ou cavalos de Tróia
Certos vírus trazem em seu bojo um código a parte, que permite a um estranho acessar o micro infectado ou coletar dados e enviá-los pela Internet para um desconhecido, sem notificar o usuário. Estes códigos são denominados de Trojans ou cavalos de Tróia.
Inicialmente, os cavalos de Tróia permitiam que o micro infectado pudesse receber comandos externos, sem o conhecimento do usuário. Desta forma o invasor poderia ler, copiar, apagar e alterar dados do sistema. Atualmente os cavalos de Tróia agora procuram roubar dados confidenciais do usuário, como senhas bancárias.
Os vírus eram no passado, os maiores responsáveis pela instalação dos cavalos de Tróia, como parte de sua ação, pois eles não têm a capacidade de se replicar. Atualmente, os cavalos de Tróia não mais chegam exclusivamente transportados por vírus, agora são instalados quando o usuário baixa um arquivo da internet e o executa. Prática eficaz devido a enorme quantidade de e-mails fraudulentos que chegam nas caixas postais dos usuários. Tais e-mails contém um endereço na Web para a vítima baixar o cavalo de Tróia, ao invés do arquivo que a mensagem diz ser. Esta prática se denomina phishing, expressão derivada do verbo to fish, "pescar" em inglês. Atualmente, a maioria dos cavalos de Tróia visam sites bancários, "pescando" a senha digitada pelos usuários dos micros infectados. Há também cavalos de Tróia que ao serem baixados da internet "guardados" em falsos programas ou em anexos de e-mail, encriptografam os dados e os comprimem no formato ZIP. Um arquivo. txt dá as "regras do jogo": os dados foram "seqüestrados" e só serão "libertados" mediante pagamento em dinheiro para uma determinada conta bancária, quando será fornecido o código restaurador.
Também os cavalos de tróia podem ser usados para levar o usuário para sites falsos, onde sem seu conhecimento, serão baixados trojans para fins criminosos, como aconteceu com os links do google, pois uma falha de segurança poderia levar um usuário para uma página falsa. Por este motivo o serviço esteve fora do ar por algumas horas para corrigir esse bug, pois caso contrário as pessoas que não distinguissem o site original do falsificado seriam afetadas.
Outra conseqüência é o computador tornar-se um zumbi e, sem que o usuário perceba, executar ações como enviar Spam, se auto-enviar para infectar outros computadores e fazer ataques a servidores (normalmente um DDoS, um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service – em português, ataque distribuído de negação de serviço). Ainda que apenas um micro de uma rede esteja infectado, este pode consumir quase toda a banda de conexão com a internet realizando essas ações mesmo que o computador esteja sem utilização, apenas ligado. O objetivo, muitas vezes é criar uma grande rede de computadores zumbis que, juntos, possam realizar um grande ataque a algum servidor que o autor do vírus deseja "derrubar" ou causar grande lentidão.
Hijackers
Hijackers são programas ou scripts que "sequestram" navegadores de Internet. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como sites de software antivírus, por exemplo).
Estado Zumbi
O estado zumbi em um computador ocorre quando é infectado e está sendo controlado por terceiros. Podem usá-lo para disseminar, vírus, keyloggers, e procedimentos invasivos em geral. Usualmente esta situação ocorre pelo fato da máquina estar com seu Firewall e ou Sistema Operacional desatualizados. Segundo estudos na área, um computador que está na internet nessas condições tem quase 50% de chance de se tornar uma máquina zumbi, que dependendo de quem está controlando, quase sempre com fins criminosos, como acontece vez ou outra, quando crackers são presos por formar exércitos zumbis para roubar dinheiro das contas correntes e extorquir.
Vírus de Macro
Os vírus de macro (ou macro vírus) vinculam suas macros a modelos de documentos gabaritos e a outros arquivos de modo que, quando um aplicativo carrega o arquivo e executa as instruções nele contidas, as primeiras instruções executadas serão as do vírus.
Vírus de macro são parecidos com outros vírus em vários aspectos: são códigos escritos para que, sob certas condições, este código se "reproduz", fazendo uma cópia dele mesmo. Como outros vírus, eles podem ser escritos para causar danos, apresentar uma mensagem ou fazer qualquer coisa que um programa possa fazer.
Resumindo, um vírus de macro infecta os arquivos do Microsoft Office (.doc - word, .xls - excel, .ppt - power point, .mdb - access.)